Chamado não é palco, é renúncia
"Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me." — Lucas 9:23
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Em tempos onde as redes sociais deram voz a todos e criaram a ilusão de que visibilidade é sinônimo de relevância espiritual, o conceito de chamado tem sido distorcido. Muitos acreditam que ser chamado por Deus é sinônimo de estar em evidência, subir em palcos, ter microfones em mãos e multidões aos pés. No entanto, o verdadeiro chamado bíblico não é uma exaltação pessoal, mas um caminho de renúncia, entrega e obediência.
O chamado de Deus não começa no palco — ele começa no secreto. E não é construído com likes, elogios ou seguidores, mas com lágrimas, cruzes e renúncias diárias.
Chamado é responsabilidade, não status
O chamado não é um prêmio para os mais carismáticos, mas um encargo para os mais obedientes. Ser chamado por Deus é ser separado para servir, e não para ser servido. É ser porta-voz da vontade d’Ele, e não das nossas opiniões.
Pessoas querem estar no púlpito, mas não querem estar de joelhos. Desejam a unção, mas fogem da consagração. Querem a influência, mas evitam o anonimato. No entanto, o verdadeiro ministério nasce no silêncio do quarto, no lugar secreto onde ninguém aplaude, mas o céu testemunha.
Renúncia é a base do chamado
Jesus nunca prometeu conforto aos que desejam segui-Lo. Pelo contrário, Ele deixou claro: quem quiser andar com Ele precisa negar a si mesmo. Isso significa abrir mão dos próprios sonhos, vontades e projetos para abraçar o propósito de Deus, ainda que isso custe a rejeição, a solidão e até a dor.
Pedro deixou a pesca. Mateus deixou a coletoria. Paulo deixou o prestígio de fariseu. Todos eles abandonaram algo significativo, porque entenderam que o chamado exigia entrega total. E nós, o que estamos dispostos a deixar?
Antes de aparecer, é preciso servir
Davi foi ungido rei, mas continuou cuidando de ovelhas. José sonhou com o governo, mas antes foi vendido, traído, preso e esquecido. Jesus, o Filho de Deus, passou 30 anos em anonimato, sendo obediente em casa, antes de iniciar Seu ministério público.
No Reino de Deus, o processo vem antes da posição. Quem não está disposto a servir no oculto, não está pronto para liderar em público. O altar não é palco de performance, é lugar de sacrifício.
Ser chamado por Deus é uma honra, mas também é uma responsabilidade imensa. Não há espaço para vaidade no ministério. O chamado exige caráter, maturidade espiritual e, acima de tudo, renúncia. Não fomos chamados para sermos aplaudidos, mas para apontarmos para Aquele que é digno de toda glória: Jesus.
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